Não há
certeza
No seu tratado intitulado Les Six Livres de la Republique, 'Os Seis livros da republica', de 1576, o famoso jurista esclarece que nenhum dogma religioso tem fundamentos que não possam ser colocados em dúvida, tanto assim que, a história da religião demonstrava que os profetas e lideres religiosos, em todas as épocas, mantinham-se em desacordo sobre quase tudo e que nenhum deles podia cabalmente defender a 'verdadeira religião'.
Por
conseguinte, 'era mais seguro acatar todas as religiões de que escolher uma
entre muitas' e que evidentemente a uniformidade da fé, além de ser imoral, não
podia ser imposta a força ou por qualquer outro recurso violento.
Os que
clamavam por 'uma fé, uma lei, um rei', eram os responsáveis pela guerra
civil intermitente, visto que era uma loucura esperar haver paz num reino
dividido entre súditos que praticavam religiões diferentes. Pelo bem da
tranqüilidade coletiva, tinham sim é que acostumar-se em conviver com aqueles
que obedeciam a outro catecismo. (*)
(*) as
citações foram extraídas do livro As fundações do pensamento político moderno,
de Quentin Skinner, 1996, págs. 517-523).
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